Tue, Nov 28, 2017

Golpe do falso emprego nas redes sociais - conhecendo e agindo contra essa ameaça digital

As redes sociais para networking corporativo ganham cada vez mais relevância como vitrine para o mercado, sendo frequentemente utilizadas por profissionais em busca de recolocação. Há quem se aproveite das funcionalidades próprias desse ambiente, contudo, para a prática de golpes e fraudes.

Pela grande adesão de recrutadores e por ser um espaço voltado ao networking, é normal e incentivado que as pessoas mantenham ali informações sobre formação acadêmica, histórico de experiências, interesses e status sempre atualizados. Muitos inclusive sinalizam a busca por oportunidades.

O problema, porém, é que golpistas se aproveitam justamente desse conjunto de dados para levar ofertas de trabalho customizadas a candidatos em potencial, mas que, em verdade, são meios de obter vantagem financeira às custas da necessidade ou boa-fé alheia.

Afora a vaga sob medida, surpreende também a abordagem deles. Muitos se apresentam como colaboradores de companhias tradicionais e, para dar ainda mais consistência à aproximação, usam meios de comunicação virtual, como teleconferências ou serviços de troca instantânea de mensagens, criando um canal direto de contato.

Usando esses recursos, o golpista pode compartilhar arquivos e links maliciosos para assim conseguir violar a rede do usuário, o que, em última instância, favorece o roubo de senhas e de outros dados críticos sem que a vítima sequer perceba o problema. Ou então, pode tentar o pagamento pelo que seria o agenciamento para uma vaga, atuando como um headhunter reverso. Ainda existe a possiblidade de uma oferta tentadora ocultar uma tentativa de induzir o candidato a juntar-se a redes de marketing multinível.

Os riscos não se limitam a brasileiros. Ainda que o alto índice de desemprego local represente um contexto favorável, outros locais sofrem também com o fenômeno. Nos Estados Unidos, por exemplo, golpistas já usaram o nome da FINRA, a autoridade regulatória da indústria financeira americana, fato que valeu um alerta oficial pelo órgão.

Para evitar a chance de ser vítima desse esquema, seguem algumas orientações:

  • Desconfie sempre. Diante de um contato ou convite para uma entrevista virtual, não inicie conversas antes de pesquisar como a empresa em questão costuma anunciar suas vagas e busque confirmar se de fato essas posições estão nos canais instituídos pela companhia.
  • Não acesse arquivos ou endereços compartilhados por e-mails e mensagens de fontes desconhecidas.
  • Headhunters e agências de emprego costumam ser remunerados pela empresa contratante e não pelos candidatos. Assim, não faça investimentos para fins de recolocação sem alinhamento prévio e formalizações.
  • Tratam-se de cuidados essenciais, de fácil execução e que não prejudicam a experiência ou visibilidade do usuário nas redes sociais profissionais.